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Festival de Teatro

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Companhia de Teatro de Almada

Mãe Coragem e os Seus Filhos

Bertolt Brecht
Teatro-Cine da Covilhã
02 de novembro 2001
21H00

Brecht escreveu Mãe Coragem em 1939, no ínicio da 2ª Guerra Mundial. Mas fez várias alterações à primeira versão em 1946, no imediato pós-guerra. Metáfora de advertência e crónica das ruínas – pode dizer-se que é este, hoje, o corpo – síntese de um texto considerado geralmente entre as obras teatrais mais importantes do século.

Voltar  a este clássico do teatro brechtiano justificar-se-ia sempre por isso mesmo – por se tratar de um clássico. A peça foi criada em Portugal em 1986 (na encenação, que ficou famosa, de João Lourenço e na celebrada interpretação de Eunice). Quer dizer: há quatorze anos. Neste espaço de tempo emergiu uma nova geração de espectadores, certamente interessados numa obra de que ouviram falar muito mas que nunca mais foi encenada nos palcos portugueses. Não era preciso, pois, outra justificação para regressar à crónica de Anna Fierling e dos seus três filhos tragados pela guerra. Mas há, infelizmente, novos motivos que, um pouco por toda a Europa, (veja-se, por exemplo, a encenação de Lavelli na Comédie Française), fizeram renascer o interesse por esta peça emblemática do teatro de Brecht (...) Descobri a Mãe Coragem nas reportagens televisivas da Bósnia, da Croácia, do Kosovo, com as suas filas de refugiados famintos, de soldados atípicos, com os seus relatos de perseguições – mas também com os seus tráficos de armas, as manipulações nacionalistas que servem os vastos negócios escondidos, os grandes e  até os pequenos oportunismos, a especulação das super-empresas, o mercado negro e o contrabando das pequenas quadrilhas. O relatório cínico de Brecht da crónica de Anna Fierling (...)é um convite ao pensamento. E o pensamento é a esperança.

Joaquim Benite

Tradução: Ilse Losa e Jorge de Sena (canções)

Encenação: Joaquim Benite

Cenografia: Manuel Graça Dias e Egas José Vieira

Desenho de Luz: José Carlos Nascimento

Figurinos: Sónia Benite

Direcção Musical: Vitor Gaspar

Interpretação: Francisco Costa, Augusto Portela, Teresa Gafeira, Rui Pedro Cardoso, Nuno Simões, Maria Frade, Carlos Vieira de Almeida, Marques D’Arede, Miguel Martins, André Calado, Celestino Silva, André Louro, São José Correia, Alfredo Sobreira, Alexandra Sargento e Filomena Marçal.

 

https://ctalmada.pt/
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Salamander

Café-Teatro - Teatro das Beiras
03 de novembro 2001
23H00

Salamander é um projecto nascido na Primavera de 2000 através das sessões de música irlandesa  no Irish Bar O’Gilíns em Lisboa. O seu objectivo é tocar música de tradição celta, ibérica e europeia.Apesar de ser uma banda mais direccionada para ouvir, os Salamander tentam não se distanciar das danças tradicionais, tomando parte em vários workshops de dança.

Da sua formação inicial resta apenas o produtor musical britânico Marsten Bailey. Com a ida da flautista gaulesa Imogen O’Rourke para Inglaterra assiste-se a uma remodelação no projecto, entrando Pedro Duarte e os dois gémeos do Fundão, Marco e Bruno Fonseca que traziam consigo a experiência do projecto Folkquest apresentado no Festival Musical Intercéltico do Porto.

Em Julho a banda completou o seu primeiro CD promocional com uma selecção de oito das suas músicas preferidas, incluindo duas originais compostas por membros da banda. Em 2001 os Salamander participaram no Festival Internacional Contar Histórias em Viseu, na Maratona de Fotografia em Lisboa, nas Festas de S.João em Évora, no Festival de Música e Dança Andanças em Carvalhais e concertos em Viseu, Lamego e S.Pedro do Sul.

Bouzoukis, guitarra acústica e percurssão: Marsten Bailey

Flauta transversal: Pedro Duarte

Flauta irlandesa, low whistles e percurssão: Bruno Fonseca

Violino: Marco Fonseca

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Artistas Unidos

O Serviço

Harold Pinter
Auditório do Teatro das Beiras
03 de novembro 2001
21H30

O teatro de Harold Pinter revela um universo singular, cómico e aterrador, feito de sub-entendidos, mal-entendidos ou puros equívocos. Nele observa-se, como se fosse ao microscópio, personagens que vegetam confusamente, de quem quase nada se sabe e que, de repente, explode num confronto em que as palavrass são armas mortais. Estamos no reino do falso para se atingir uma verdade que é ainda mais falsa. As perguntas que se colocam não são aquelas que nos vêm á cabeça e a resposta, ou a recusa de responder limita-se a aumentar o abismo da incompreensão. O pudor torna-se violência, o sorriso ameaça, o desejo impotência, a vitória desfaz-se.

“O Serviço” pertence ao ciclo de peças a que se chamou “teatro da ameaça”: um micro-universo abafado, sereno, roído por um mal invasor, jovial e aterrador.

Dois homens esperam num quarto. O quê? Que vão eles fazer? Quem lhes deu ordens? Que esperam? Porquê? E no entanto, o riso.

“As suas palavras não dizem o que dizem, dizem mais. O enigma é muito interessante porque está bem perto da verdade da vida”

                                                Claude Régy sobre Harold Pinter

Tradução: Pedro Marques e João Saboga

Encenação: João Saboga e Vitor Correia

Cenografia: Rita Lopes Alves, Isabel Nogueira e José Manuel Reis

Desenho de Luz: Pedro Domingos

Interpretação: Vitor Correia e João Saboga

https://artistasunidos.pt/
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Companhia DANÇARTE

A Boneca de Pau

Teatro-Cine da Covilhã
05 de novembro 2001
11H00

Havia um Rei e uma Rainha que tinham uma filha muito boa, mas muito feia... Envergonhavam-se de a levar aos bailes e a princesa não gostava de se apresentar em público. Já doente, mas antes de falecer, a Rainha entregou à filha uma varinha de condão e ao Rei um lenço para escolher a sua futura esposa; durante muito tempo o Rei procurou uma noiva, mas a todas o lenço não ficava bem. Foi então que a princesa feia o experimentou e num passo mágico transformou-se numa linda princesa.

Longe do pai, a princesa mandou construir um fato de madeira, para de forma disfarçada poder entrar no palácio vizinho. A Boneca de Pau, nome que as criadas deram á princesa quando a viram no fato de  disfarce, esteve recolhida no quintal durante bastante tempo. Passado algum tempo começou a organizar-se onde o principe vizinho iria escolher uma noiva. Foi então que a princesa despiu o seu fato de madeira e com ajuda da sua varinha transformou-se numa bela princesa, a caminho do baile. No baile ninguém a conhecia e o principe apaixonado dançou com ela durante três dias. No último dia a princesa desapareceu e deixou o principe doente de desgosto.

O que aconteceu depois? Descobriu o principe quem era a boneca de pau? Como será que acaba a história?

O melhor é vir ver o espectáculo e ficar a conhecer o final deste conto que já os nossos avós contavam ...

Coreografia e figurinos: Sofia Belchior

Cenografia e desenho de luz: Sofia Belchior e António Machado

Interpretação: Rita Abreu, Vanessa Amaral, Sofia Belchior e Filipa Peraltinha

 

https://www.dancarte.org/
Fotoacertsexosimobrigado

Trigo Limpo - Teatro ACERT

Sexo? Sim, Obrigado! Ou a Arte de Folgar

Franca Rame, Jacopo Fo e Dario Fo
Auditório do Teatro das Beiras
06 de novembro 2001
21H30

Como é dito no espectáculo: “é em épocas como esta que vivemos que devemos falar de sexo! É uma opção social e politica que nos permitirá reencontrar o prazer e recuperar o amor, no seu sentido mais pleno, o amor dos sentimentos e o amor físico...”

Duas mulheres dedicam a sua vida a uma nobre causa: informar sobre sexo, explicar o sexo. Fazem de uma conversa um espectáculo. Partem de um texto: um monólogo de Franca Rame, encenada pelo marido, Dario Fo, Nobel da Literatura em 97, baseado no livro do filho do casal, Jacopo Fo.

Estas duas “manas” desdobram-se em argumentos e personagens para tentar fazer crer ao público que, em sexo, mais que tamanhos ou desempenhos, o essencial é o prazer. Para complementar a informação utilizam dois exemplos – representados por bonecos – “Adão e Eva”, uma ideia retirada do Decamaron de Bocaccio e a “Fábula dos Três Desejos”, uma fábula medieval de origem provençal.

No final podemos não acreditar em tudo o que disseram mas nunca mais deixaremos de sorrir quando vivermos uma situação semelhante  às que elas descrevem ou quando nos vier à ideia uma das pequenas histórias que nos contaram.

 

Encenação: Pompeu José

Cenografia: José Tavares e Pompeu José

Música: Fran Perez

Figurinos: José Rosa

Desenho de Luz: Luis Viegas                  

Interpretação: Ilda Teixeira e Maria Simões

https://www.acert.pt/acert/
Teatro |
CARTAZ
O Grito de Socorro

Peter Handke
Café-Teatro - Teatro das Beiras
06 de novembro 2001
23H00

Três desportistas encontram-se num ginásio, para aí desencadearem uma estranha competição. Em jeito de paródia a concursos televisivos, uma revisitação a códigos teatrais e de comunicação onde a palavra terá o papel principal nesta competição. E mais não dizemos...

Encenação: Jorge Alonso

Interpretação: Bina Ferreira, Hugo Caroça e Maria Marrafa

LUAFOTO 04

Teatro das Beiras

Uma Lua entre duas casas

Susanne Lebeaux
Teatro-Cine da Covilhã
07 de novembro 2001
11H00

Esta é a história de duas personagens imaginárias (Pluma e Taciturno), sem idade nem sexo definidos, cada uma com um mundo muito próprio, completamente diferente um do outro, a forma atribulada como se conhecem e se tornam amigos.(...)

Pluma é aberto, agitado, vivo, dá-se fácilmente ao contacto com as pessoas, quer brincar com um amigo e é ele que dá os primeiros passos para contactar com Taciturno. A sua casa é feita á sua imagem. Uma casa colorida, leve, três portas que se abrem para o mundo exterior, para a Natureza e que permitem que entre e saia com facilidade.

Taciturno, ao contrário é mais fechado, mais lento, mais introspectivo. A sua casa é mais sombria, completamente fechada, sem janelas, apenas uma porta que faz lembrar a entrada de uma toca (...) O seu mundo é a musica e a sua casa é como uma caixa de fazer sons.

(...) “Uma Lua entre duas casas” é um espectáculo que fala da solidão, da comunicação, do medo, da diferença que existe entre estas personagens e mostra-nos que essa diferença não inviabiliza a amizade mas, pelo contrário, alimenta-a e enriquece-a.(...)

Tradução: Christine Zurbach

Encenação: Rogério Bruno

Cenografia e Figurinos: Susana Machado

Musica: José Alexandre Barata

Desenho de Luz: Fernando Sena

Interpretação: Nuno Coelho e Ana Ademar

http://teatrodasbeiras.pt/
Teatro |
Fototeatrapo

Compañia de Teatro Teatrapo

En Pie de Guerra

José F. Delgado
Auditório do Teatro das Beiras
07 de novembro 2001
21H30

Trata-se de um espectáculo cómico-visual onde o humor gestual se sobrepõe à palavra; um coktail bélico num registo clownesco, cheio de diversão, frescura e acção em busca da cumplicidade do público, das suas emoções e recordações. É uma comédia sobre a guerra contada por dois soldados entrincheirados pela solidão na frente de batalha cujas aventuras e desventuras revelam a crueldade da guerra através da ironia posta em cena pelos dois actores, Arsénio Jimenez e J.Fernando Delgado que também assina a autoria do espectáculo.”En Pie de Guerra” constitui assim um espectáculo pleno de actualidade retratando uma das realidades mais duras da história da Humanidade, um espectáculo que alia os gags e o humor á ternura de um palhaço sem nariz com a alma do ser humano num cenário trágico e patético.

Alguém terá dito:

“As grandes palavras que não querem dizer nada alojam os lamentos do ser humano”.  

“Um dia pensei que bastaria poder rir-me que estaria a salvo do mundo e desde então aprendi que o riso também me mantém a salvo de mim mesmo.”

Encenação: José Fernando Delgado e Yuri Barkov

Cenografia: Eduardo Acero e Fernando Segador

Figurinos: Maite Álvarez

Musica: Mariano Lozano

Desenho de luz: David Pérez

Acessor Clown: Antonio Gil

Interpretação: José Fernando Delgado e Arsénio Jiménez

Fotoalonso
Vida de Palhaço em 40m

Jorge Alonso
Café-Teatro - Teatro das Beiras
07 de novembro 2001
23H00

O palco é o camarim de um actor palhaço, a acção são as suas aventuras e desventuras nos preparativos para o espectáculo.

Está atrasado. A sua função é fazer o espectáculo. Mas que espectáculo se não consegue estar pronto? – Dança, canta, mima... quer cativar o público, algumas vezes resigna-se e damos com ele a sonhar e a descobrir objectos dentro de objectos. Alegre e despreocupado, íntimo e prudente, sem pés gigantes e trambolhões aparatosos, só, com um grande nariz, que ás vezes lhe cai.

Espectáculo que revela as transformações e várias facetas de um palhaço.

Interpretação: Jorge Alonso

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Teatro da Garagem

O Gato Lucas e a Tia Zizi

Carlos J. Pessoa
Auditório do Teatro das Beiras
08 de novembro 2001
21H30

“O Gato Lucas e a Tia Zizi” é a mais recente criação do Teatro da Garagem e tem por mote “a noite de todos os encantos e misérias”. É durante esta noite evocativa e mágica, que se encontram duas personagens: o Gato Lucas e a Tia Zizi. O Gato Lucas, mistura de homem e de gato, é um tímido funcionário público que durante a noite se transforma num feroz e sedutor gato. A Tia Zizi é uma ilustre actriz, já retirada dos palco, que recolhe na sua morada todos os “animais feridos”. A peça inicia-se com a Tia Zizi escutando estranhos lamentos, trata-se do Gato Lucas, ferido numa das suas querelas nocturnas. Imediatamente ela recolhe-o na sua casa, dando-lhe abrigo e alento. O Gato Lucas por sua vez fica desde logo cativado pelas suas virtudes e pelo mistério de Zizi. Esta dupla vai viver uma história de amor que é também o retrato da iniciação do Gato Lucas e da redenção da Tia Zizi.

Continuando a sua pesquisa no âmbito da escrita teatral e da materialização cénica dos textos, o Teatro da Garagem estabelece com este espectáculo uma nova etapa da sua existência, que corresponde à redefinição dos seus propósitos estéticos e estílisticos.(...) O cenário minimalista, a omnipresença do actor/personagem, a poesia em diálogo, a música horizontal expansiva, a luz encantatória e arquitectural, os figurinos evocativos de uma realidade social e dos conteúdos simbólicos das personagens, a contenção presente no tom geral do espectáculo, são pontos de partida  que estabelecem um diálogo profícuo com o público.

Carlos J.Pessoa

Encenação: Carlos J.Pessoa

Cenografia: José Espada

Figurinos: Maria João Vicente

Musica: Daniel Cervantes

Desenho de luz: João D’Almeida

Interpretação: Miguel Mendes e Nelson Boggio

Teatro da Garagem
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4PORTANGO

Café-Teatro - Teatro das Beiras
08 de novembro 2001
23H00

Formação criada em 1995 com o intuito de interpretar e divulgar o Tango do compositor argentino Astor Piazzolla.

O Tango é uma das grandes expressões contemporâneas do chamado folclore urbano, nasce nas Chacras dos gaúchos das Pampas e é emigrado cerca de 1880 para os bordéis situados nas traseiras das ruas do porto de Buenos Aires. Irmão do fado, o tango também é canção maldita , trágica; no entanto o tango, devido à sua sensualidade, viria a ser considerado imoral pelo Vaticano.

Ao longo da sua história grandes músicos e poetas enriqueceram a sua expressão e o imortal Carlos Gardel, verdadeiro mito nacional da Argentina, deu-lhe uma projecção internacional que faz hoje do tango, à semelhança do jazz, do flamengo e do fado, uma das expressões referenciais da cultura popular do sec.XX.

O compositor Astor Piazzolla abriu para o tango um lugar cimeiro junto a outras expressões contemporâneas da chamada música erudita.A sua obra revolucionária de músico e compositor levou à maior transformação do tango desde o final dos anos 50. Adopta a tradição adaptando-a a uma linguagem musical desespartilhada introduzindo várias influências, como o jazz, tornando possivel a improvisação abatendo assim as barreiras da solenidade depressiva em que esta música estagnava e se comprazia. Os tangueros de Buenos Aires não compreendiam o jovencito que estrangeirava com a sua sonoridade preciosa o estereótipo machista da canção argentina, lamentavam-se e achavam o tango em decadência por já não ser dançado. Claro que já não se baila. Mas convida-nos a voar... e o voo não será jeito de dançar?!

Concertina: Artur Fernandes 

Percurssão e outros cangalhos: Bitocas 

Sax: Luis Cardoso 

Clarinete soprano e baixo: Carlos Marques

Piano: Paulo Belchior

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Teatro do Imaginário

Sorrisinho Breve

Isabel Bilou
Teatro-Cine da Covilhã
09 de novembro 2001
11H00

O espectáculo decorre no exterior de um circo. Sorrisinho Breve, uma criança candidata a palhaço, pertencente a uma família de palhaços, vive o conflito de não se considerar suficientemente alegre e engraçada para poder vir a ser um bom palhaço, tão bom, como o seu pai, o palhaço Pantú. Partilha esta sua angústia com o tratador de animais Tratador e confidencia-lhe que gostaria de ser malabarista, porque sonha com a magia do voo dos malabares pelos céus, “como asas de muitas cores”. O seu pai não compartilha aquela ideia e considera que Sorrisinho Breve deverá manter a tradição familiar e ser palhaço.

Também o Director do circo não se compadece com os anseios de Sorrisinho Breve e faz-lhe um ultimato; ou consegue apresentar um qualquer número alternativo a ser palhaço ou terá de abandonar definitivamente o circo.

Solidário com Sorrisinho Breve surge também o leão, que da sua jaula acompanha todo o desenrolar do drama da criança e por isso resolve comunicar com ela para dar apoio á sua forte decisão.

Ante a inflexibilidade do pai Sorrisinho Breve resolve abandonar o circo. Mas as saudades fazem-no regressar. Aquela ausência fez também com que o seu pai reconsiderasse a possibilidade de o seu filho ser aquilo que mais gostasse. O reencontro torna possivel a realização do sonho do menino. O espectáculo termina com a primeira apresentação pública de Sorrisinho Breve, com final apoteótico.

Este “circo” é a metáfora das histórias de cada um de nós, entre o que queremos e o que nos é imposto, onde os nossos desejos esbarram no preconceito, mas é também um espaço de poesia e liberdade que preenche a alma de cada um dos nossos personagens.

Encenação: Isabel Bilou                  

Figurinos: Maria João Alface

Música: Gil Salgueiro Nave

Adereços: Xana Ferreira

Interpretação: Rita Capela, Carlos Custódio, Manuel Chambel e Victor Ciriaco

Teatro |
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Jangada Teatro

Barca do Inferno?

Gil Vicente
Auditório da Biblioteca Municipal de Proença-a-Nova
09 de novembro 2001
15H30

É uma variação para cinco actores, que são ao mesmo tempo cinco músicos.

Esta variação teve como base o “Auto da Barca do Inferno”, que evoluiu de uma sonoridade Alegórica e Religiosa, para acordes de tom Surrealista e Conceptual. Neste ambiente é exposta a vida e morte dos vários personagens que vão indo de encontro ao cais onde estão atracadas as duas barcas de Gil Vicente. Partiu-se do principio de que esta é uma obra do dominio público; por isso o trabalho centrou-se na procura da surpresa constante, aliada ao registo farsesco assumido pelos actores e no aproveitamento dos diálogos bem ritmados elaborados pelo autor. Tudo isto, para que o espectador possa desfrutar da obra, revendo um tema já seu conhecido sem que por isso se torne num objecto de aborrecimento.

Tentou-se uma abordagem diferente, principalmente em relação aos conceitos de Inferno e Paraíso, hoje em dia um pouco desactualizado e por isso sem muito interesse.

Encenação: Sérgio Agostinho

Cenografia: Jangada

Figurinos: Jangada e Elsa Ribeiro

Interpretação: Faria Martins,Luiz Oliveira,Noelia Dominguez, Sérgio Agostinho e Xico Alves

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Teatro |
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Teatro em Movimento

Falas de Vinhos e Nascimentos com Parvos à Mistura

Gil Vicente/Leandro Vale
Casa do Povo de Penamacor
09 de novembro 2001
15H30

Com base em dois dos mais teatrais textos de Gil Vicente, “Monólogo do Vaqueiro” e “Pranto de Maria Parda” construiu-se um espectáculo tentando trazer Gil Vicente até à sociedade portuguesa dos nossos dias. Para isso existe uma nota introdutória do Zé Povinho, à boa maneira vicentina e que explica o porquê dessa aproximação.

Nessa Base é feita a ligação entre os dois textos pela mesma figura do Zé Povinho que faz a comparação entre o que é dito nas duas farsas e os nossos dias.

Encenação: Leandro Vale e Glória Sousa

Cenografia: Fábio Timor

Desenho de luz: Leandro Vale

Operação de luz e som: Amilcar Nunes e Miguel Selas

Interpretação: Leandro Vale, Fábio Timor e Glória Sousa

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Teatro do Tejo

Então, Felicidades

José Mora Ramos
Auditório do Teatro das Beiras
09 de novembro 2001
21H30

“Então Felicidades” aborda temas das relações conjugais de hoje: o sentido da família, o ter ou não ter filhos, a coabitação, a fidelidade, o direito ao prazer. O casamento é para ambos o recomeço da relação que viveram há vinte anos. Porém, a lua de mel começa de uma forma trágica. Logo na primeira noite do cruzeiro o navio naufraga, vendo-se os noivos em cima de um “resto” de convés: a comida e a água escasseiam, o champanhe abunda, o casamento não foi consumado. Um outro náufrago, num pedaço de madeira flutuando, aproxima-se: trata-se do pianista do navio. Comem o resto da comida e bebem champanhe. Na bebedeira a noiva descobre que o homem que ela deseja é tão só a memória do noivo quando jovem. E é no pianista que encontra esse mesmo homem. Um navio descobre-os. A noiva parte com o pianista.

Encenação: José Mora Ramos

Cenografia e Figurinos: Sara Machado Graça

Musica: Alberto A. Miranda

Coreografia: Bruno Schiappa

Interpretação: Alberto A. Miranda, Isabel Leitão e José Mora Ramos

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Companhia D’Artes do Brasil

Cafundó - onde o vento faz a curva

Auditório do Teatro das Beiras
10 de novembro 2001
21H30

O espectáculo “Cafundó – onde o vento faz a curva” é um painel da cultura cabocla brasileira, fruto de mais de vinte anos de andanças e investigações sertão adentro.

Lendas, causos, crendices populares, rituais indígenas, festanças religiosas, apresentados numa verdadeira “roda de prosa”, dessas que acontecem entre uma talagada e outra de boa cachaça, nas vendas e botecos da beira da estrada ou nas vigílias dos velórios ou nos terços e festas de santo. Isso tudo alinhavado e entremeado com gostosas e autênticas canções caboclas e pontilhados de viola de nunca mais se esquecer, levam o espectador aos terreiros da casa de roça, pelo meio das matas amazonicas, para as beiras de rio, para as farras poéticas e gostosas das sabenças caipiras ... Resgatando-nos ás nossa raizes mais primitivas e autênticas.

“Cafundó...” é uma comédia cabocla, cuja intima participação do público e a multiplicidade de personagens apresentados torna-a vibrante, colorida, divertidíssima, mágica!... É a brasilidade do teatro caboclo, na cor, no gosto, no cheiro e no gesto!!!

Encenação: Regina Duarte

Desenho de Luz: Carlos Gatass

Trilha Sonora: Aroldo Barros e Marcos Caetano

Interpretação: Amauri Tangará

 

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Teatro do Montemuro

Café Portugal

Thérèse Collins
Casino Fundanense
10 de novembro 2001
21H30

Imagine-se no ano de 2004, numa colectividade portuguesa nos arredores de Paris. A ocasião é a Final do Campeonato da Europa entre Portugal e França.

A ideia principal deste espectáculo é recriar a vida do emigrante “lá fora”, tentando perceber o equilibrio entre o que está na sua alma, o Rancho Folclórico e o Futebol da sua terra natal em contraste com os momentos de solidão, saudade e dor... tudo isto recriado  habilmente numa história cómica e comovente.

É através de conversas casuais, do partilhar  de emoções e sensações entre os intervenientes que percebemos o porquê  de partir, o que se procura fora do país, tentando conhecer, assim, de uma forma mais fidedigna a realidade da vida do “emigrante”.

A música ao vivo terá um papel fundamental no espectáculo, sendo toda ela música de raiz folclórica portuguesa, utilizada por vezes num tom de ironia, mas executada sempre com rigor e perfeição.

O grande objectivo deste espectáculo é tentar estabelecer uma “ponte” de comunicação e entendimento entre os que partem (neste caso, as comunidades de emigrantes) e os que ficam (os habitantes permanentes das aldeias da Serra de Montemuro).

Um espectáculo que promete conquistar os públicos mais exigentes e os mais sensiveis, um espectáculo profundo pelo seu contexto realista, mas divertido, comovente mas cómico.

Tradução: Graeme Pulleyn

Encenação: Steve Johnstone

Cenografia: Helen Ainsworth e Ana de Brum

Figurinos: Helena Félix e José Rosa

Desenho de Luz: Paulo Duarte

Interpretação: Abel Duarte, Célia Fechas, Eduardo Correia, Graeme Pulleyn, Hermínia Reis e Paulo Duarte